A cromatografia de troca iônica ou cromatografia de íons (IC, do inglês Ion      Chromatography) é uma subdivisão da HPLC (post anterior), e também é utilizada no LACOM.

Os conhecimentos sobre trocadores iônicos e suas aplicações foram expandidos entre 1935 e 1950, e foi em 1975 que o termo “cromatografia de íons” foi criado por Small, Stevens e Baumann. 

Por definição, a IC é uma técnica sensível e seletiva aplicada na separação de íons, mesmo em baixas concentrações, utilizando-se uma coluna cromatográfica apropriada, seguida pela detecção. A detecção por condutividade (video ilustrativo no post) é a detecção padrão em IC mas também há a detecção por UV/VIS ou por amperometria. Basicamente, ela pode ser usada para determinar íons e moléculas polares.

O mais comum dos princípios de separação da IC é a troca iônica, que é baseada em uma reação química estequiométrica entre os íons de uma solução e uma substância sólida contendo os grupos funcionais, que podem fixar íons como resultado de forças eletrostáticas.

Teoricamente, íons com mesma carga podem ser completa e reversivelmente trocados entre as duas fases. Esse processo leva a uma condição de equilíbrio, sendo que o lado em que ocorre o equilíbrio depende da afinidade dos íons participantes em relação aos grupos funcionais da fase estacionária.

  • APLICAÇÕES •

A área de aplicação mais importante da cromatografia de íons é a investigação de rotina dos sistemas aquosos (como a análise de água potável); ela também é usada a fim de resolver problemas de relevância ambiental e controle de ultratraços em processamento de reagentes ultrapuros requeridos principalmente na indústria de semicondutores.

Recentemente, essa técnica foi utilizada no LACOM para a determinação de halogênios em algas comestíveis, e também para o monitoramento de glifosato em amostras de água.

 

Fonte: Metrohm. Práticas em Cromatografia de íons, tradução da 2ª edição, 2006.