DETECTOR DE IONIZAÇÃO EM CHAMA - FID
O detector de ionização em chama (FID, do inglês Flame Ionization Detection), que é o detector mais empregado em aplicações da cromatografia gasosa em geral. Neste detector, o efluente da coluna é dirigido para uma pequena chama de ar/hidrogênio, onde a maioria dos compostos orgânicos produz íons quando “queimados”.
Na chama de ar/hidrogênio não existem íons, não conduzindo corrente elétrica. Quando um composto orgânico elui, e na sua queima são formados íons, a chama passa a conduzir corrente elétrica. Esse detector monitora a corrente produzida.
A ionização de compostos de carbono na chama é um processo ainda pouco compreendido, embora tenha sido observado que o número de íons produzidos é grosseiramente proporcional ao número de átomos de carbono “reduzidos” na chama.
Uma vez que o detector de ionização em chama responde ao número de átomos de carbono que entram no detector por unidade de tempo, ele é um dispositivo sensível à massa em vez da concentração. Em consequência, esse detector apresenta a vantagem de que a alteração da vazão da fase móvel exerce pouco efeito sobre a sua resposta, garantindo maior repetibilidade. Grupos funcionais como carbonila, álcool, halogênicos e amínicos produzem poucos ou nenhum íon na chama.
Essas propriedades tornam o detector de ionização em chama muito útil para a análise de amostras orgânicas, incluindo aquelas contaminadas com água e com óxidos de nitrogênio e enxofre. Uma desvantagem do detector de ionização em chama é que ele destrói a amostra durante a etapa de combustão.
No LACOM, esse detector foi utilizado para a determinação de glicerol, mono-, di- e triglicerídeos em biodiesel etílico de girassol, mamona e da mistura de sebo e soja; também foi utilizado para determinação de parabenos em amostras de camarão, biocidas em tecidos de peixes e atualmente vem sendo utilizado para determinar parabenos em amostras de alimentos.
Fonte: Skoog, D. A, West, D. M., Holler, F. J., Crouch, S. R. Fundamentos de Química Analítica, Editora Thomson, tradução da 8ª edição, 2006.