No LACOM, o detector utilizado acoplado ao cromatógrafo de íons é o detector de condutividade (CD, do inglês conductivity detector). Esse tipo de detector é universal para as espécies carregadas e responde de uma forma previsível às alterações na concentração.

Além disso, esse detector é  de simples operação, baixo custo de manutenção e, geralmente, operam por longos períodos sem necessitar de manutenção.

A condutividade é determinada como a resistência que um líquido produz entre dois eletrodos com uma área em uma distância.

O funcionamento deste detector está baseado na medida da capacidade da fase móvel em conduzir corrente quando posto em uma célula de fluxo entre dois eletrodos. A corrente dentro da célula vai depender do número e do tipo de íons presentes na fase móvel. As alterações na condutividade causadas pela presença dos analitos (íons) gera um sinal. 

Uma limitação no uso de detectores de condutividade inicialmente foi a alta concentração de eletrólito necessária para a eluição da maioria dos íons dos analitos em um tempo razoável. Em consequência, a condutividade dos componentes da fase móvel tendem a se sobrepor à dos íons dos analitos, reduzindo, assim, a sensibilidade do detector. 

Uma vez que eletrólitos aquosos são frequentemente usados como fase móvel em cromatografia de íons, o detector deve ser capaz de responder às mudanças relativamente pequenas na condutividade total do eluente causada pelos íons analisados.  Então, em 1975, o problema criado pela alta condutância dos eluentes foi resolvido pela introdução de uma coluna supressora do eluente logo após a coluna trocadora de íons. 

A coluna do supressor é recheada com uma segunda resina trocadora de íons que converte efetivamente os íons do solvente de eluição para espécies moleculares de ionização limitada sem afetar a condutividade dos íons dos analitos.

Pelo uso dessas técnicas de supressão, a condutividade de fundo de alguns eluentes pode ser drasticamente reduzida; no caso de ânions de ácido forte, é possível melhorar consideravelmente a sensibilidade. 

Esse detector, acoplado ao cromatógrafo de íons, foi utilizado no LACOM para a determinação de halogênios em algas comestíveis, e também para o monitoramento de glifosato em amostras de água.

Fontes:

Skoog, D. A, West, D. M., Holler, F. J., Crouch, S. R. Fundamentos de Química Analítica, Editora Thomson, tradução da 8ª edição, 2006. 

Metrohm. Práticas em Cromatografia de íons, tradução da 2ª edição, 2006.